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  • Ana Amélia de Cesaro e Aurélia Picoli

Fase de transição e mudanças

Se formos comparar uma criança de 3 anos há 10 anos atrás e uma criança de 3 anos hoje, teremos grandes surpresas.


Bom mas isso não me parece nenhuma surpresa, o que pode surpreender é quais foram as principais mudanças que aconteceram ao longo destes anos.


Em pesquisa realizada pela Play, com mães de crianças de 3 até 5 anos, onde as crianças são denominadas Crianscentes (sim aqui temos a primeira adolescência da infância), conseguimos perceber algumas mudanças. A pesquisa teve uma base comparativa avaliando como era uma criança da geração Y (os nascidos entre 1980 até 1995) quanto tinham até 5 anos e uma criança hoje com até 5 anos.


Alguns pontos foram avaliados:


1. Quem era a referência de comportamento até os 5 anos?


Resposta geração Y: Os pais.

Resposta Crianscentes: Os pais ainda, mas também o grupo e é claro, os personagens.


O que mudou?

Os pais deixaram de ser a única referência da criança, dando espaço para o grupo, uma vez que a criança hoje começa a frequentar desde muito cedo a escola, com isso ter a influência dos seus colegas e até mesmo de seus cuidadores. Sem contar é claro que quanto mais cedo ela recebe estímulos, mais cedo ela começa a se relacionar com o universo de oportunidades e aqui entram também os personagens que engajam e geram identificação.


2. Quando a criança começava a construir suas verdades?


Resposta geração Y: A partir dos 5 anos.

Resposta Crianscentes: A partir da sua diversidade de contatos.


O que mudou?

Socialmente a criança tinha como regra entrar na escola a partir dos 5 anos, idade que estava iniciando a preparação da alfabetização. Atualmente o ingresso se dá antes de 1 ano (muitas vezes com 5 ou 6 meses), estimulando ainda mais o convívio social e as projeções desta criança.


3. Como eram divididas as brincadeiras?


Resposta geração Y: Por gênero (meninos e meninas).

Resposta Crianscentes: Por interesse.


O que mudou?

A criança nesta fase não entende muito a diferença de gêneros, sendo que para ela é natural se relacionar, brincar, e aprender sem levar em consideração essa distinção. Mas antigamente existia uma imposição maior da sociedade, não que hoje não exista mais, mas a criança já consegue lidar melhor com o não as diferenças quando o assunto são brincadeiras principalmente pelo estímulo da escola que favorece que esta fase é de experimentação e descoberta e que todos podem ser e brincar com o que quiserem.


E isso acaba abrindo uma oportunidade maior em várias categorias de produto onde o gênero cede espaço para o grupo de interesses.


Sem contar que essa é a fase da busca pela autonomia, não que eles já consigam fazer todas as coisas sozinhos, mas existe um desejo, e aqui a grande oportunidade está em pensar em produtos e experiências ao qual as crianças possam ter autonomia, fazer sozinhas, pois este é o grande driver desta fase.


A fase crianscente é uma fase de total valorização do conhecimento, das descobertas, dos porquês, uma fase marcada por aprendizados, mas engana-se quem acredita que apenas eles aprendem. Todos passam por constantes aprendizados tendo crianças nesta fase por perto, desde os pais que tem que aprender a lidar com diversas situações, até a escola e a sociedade que passa por um grande processo de transformações e mudanças tendo que ser adaptar a essa nova geração que vem para mudar o mundo, e esperamos que para melhor.

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